O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal (PPGEF) – stricto sensu tem por objetivo ampliar e aprofundar a formação, conceitos e conhecimentos de métodos e técnicas de pesquisa científica, tecnológica e formar recursos humanos para o exercício de atividades de ensino, pesquisa e outras práticas profissionais, conduzindo à obtenção de grau acadêmico de mestre ou doutor.
Para alcançar esse objetivo foi estabelecido um currículo que visa ensinar o pós-graduando a ligar o campo teórico ao campo aplicado da ciência florestal, tendo como instrumento fundamental dessa ligação a investigação científica especializada.
Tendo em vista a dinâmica e constantes mudanças das práticas da Engenharia Florestal, foi necessária a criação de novas disciplinas e alterações significativas nas disciplinas existentes das diferentes linhas de pesquisa do PPGEF, visando cada vez mais manter docentes e discentes atualizados com o que há de mais recente nas áreas de atuação dos profissionais egressos. Com o intuito de adequá-los às suas áreas de atuação, o PPGEF passou por uma reformulação do quadro de disciplinas, que teve início em 2017 e aprovado em meados de 2018, passando a vigorar a partir do primeiro semestre de 2019.
Com os conhecimentos técnicos-científicos adquiridos no PPGEF na área de sua especialidade, os egressos do PPGEF tornam-se aptos para proporem soluções inovadoras, criativas e ideias para soluções dos problemas do ensino, da pesquisa, da economia e das políticas condutoras dos recursos naturais renováveis das comunidades regionais, nacionais e mesmo internacionais.
O PPGEF, ao longo de seus quase 50 anos de existência, está contribuindo para a formação de professores e pesquisadores para outras Universidades, Institutos de Pesquisa e Empresas das Engenharias Florestal e Industrial Madeireira, o que lhe confere status pioneiro e consolidado na geração de profissionais qualificados para atuarem no processo de desenvolvimento desses importantes segmentos da economia nacional.
O PPGEF da UFPR pode ser considerado um dos mais importantes da Área de Recursos Florestais em todo o Brasil, em virtude de sua projeção nacional e internacional. Destaca-se por receber discentes do Brasil inteiro, formando profissionais que são absorvidos no mercado de trabalho nas diferentes regiões brasileiras e do exterior. Desde a sua criação até a presente data, o PPGEF concedeu 794 diplomas de mestre e 477 diplomas de doutor, perfazendo um total de 1271 defesas. Também concedeu 21 certificados de pós-doutor.
O PPGEF realizou uma pesquisa, aplicando um questionário aos seus ex-alunos para obter informações importantes sobre a atuação profissional dos mesmos.
Como resultado de 113 respostas obtidas, foram observados resultados importantes que demonstram a vocação do PPGEF em formar profissionais do ensino e da pesquisa, bem como profissionais voltados para a iniciativa privada, com perfil investigativo e com dinâmica para criação e desenvolvimento de novas práticas no setor florestal do Brasil e do mundo.
Dos egressos que responderam o questionário, 28% eram titulados de mestrado, 70% titulados em doutorado, dos quais muitos também foram titulados em mestrado no programa e 2% receberam certificados de pós-doutores. Detectou-se que 42% declararam-se professores em universidades federais, dentre elas a UFPR, UFSM, UFSC, UFLA, UFV, UFMT, UFT, UAFM, UFERSA, UFPEL, UFRRJ, UFRPE, etc., universidades estaduais como UNICENTRO, UDESC, UNEMAT, USP-Botucatu, ESALQ, etc., particulares como PUCPR e FURB e outras 23 instituições, sendo três estrangeiras (Chile, Alemanha e Moçambique). Porém, através de informações extraoficiais, tem-se conhecimento que o número de universidades no Brasil, com professores que passaram em algum dos níveis de formação do PPGEF em seus quadros é bem maior. Ressalta-se ainda que 15% dos entrevistados encontram-se em formação – muitos deles cursando doutorado no próprio PPGEF, 15% estão na iniciativa privada, 6% atuam em órgãos ambientais municipais, estaduais e federais, e 22% declararam-se sem vínculo ou atuando como pesquisadores de organizações não governamentais, fundações ou institutos de pesquisa. Em análise feita sobre a produção em periódicos científicos nos últimos cinco anos, 5,5% dos entrevistados não produziram nenhuma publicação, 28,2% publicaram ente um e cinco artigos científicos, 20,9% entre 6 e 10, 11,8% entre 11 e 15 e 33,6% mais de 15. Desses egressos que publicaram mais de 15 artigos científicos nos últimos cinco anos, aproximadamente 32% deles publicaram acima de 30 artigos nos últimos cinco anos. Esses resultados reforçam a já conhecida vocação do PPGEF em formar professores e pesquisadores de alta performance, com destaque nacional e internacional.
A Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná é pioneira no Brasil em nível de graduação (1960), nível de mestrado (1972) e nível de doutorado (1982). O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal é o maior da área no Brasil e já graduou o maior número de mestres e doutores, sendo 794 títulos de mestrado e 477 títulos de doutorado, com 27 defesas de mestrado e 21 defesas de doutorado no ano de 2018. Como resultado, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná – PPGEF, forma recursos humanos para inúmeros outros cursos congêneres, instituições de pesquisa e empresas públicas e privadas. O PPGEF é dividido em cinco linhas de pesquisa, sendo Conservação da Natureza, Economia, Administração, Legislação e Política Florestal, Manejo Florestal, Silvicultura e Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais.
No desenvolvimento do PPGEF houve participação externa relevante por muitos anos consecutivos, tais como convênio com GTZ ? Alemanha ? Universidade de Freiburg, United Nations Development Program tendo como gestora a FAO (Food and Agriculture Organization), Universidade de Michigan e outros menores. O PPGEF passou do status de ajudado a ajudante. Neste status foram estabelecidos convênios de cooperação com a Universidade de Santiago del Estero ? Argentina, com a Universidad Nacional Agraria La Molina ? Peru, com os programas de pós-graduação da Universidade Federal Rural do Pará, com os programas de pós-graduação do INPA, da UFAM, UFMT, UFT – Gurupi, UFAC, com curso de engenharia florestal de Patos ? Paraíba, com o curso de engenharia florestal de Canoinhas ? Santa Catarina e outros.
O ano de 2018 foi muito importante para o PPGEF, onde ocorreu uma reforma curricular, sendo promovida a readequação de disciplinas e inserção de novas disciplinas relacionadas com temas atuais da Engenharia Florestal. Juntamente, o corpo docente foi reavaliado quanto à sua produtividade, havendo uma readequação dos docentes permanentes e docentes colaboradores. Atualmente, o corpo docente é composto por 36 docentes permanentes e 13 docentes colaboradores, constituído de doutores e pós-doutores titulados em diversas instituições nacionais e internacionais, cuja maioria tem intensa participação nos cursos de graduação em Engenharia Florestal e Engenharia Industrial Madeireira da UFPR, ministrando aulas e orientando trabalhos e pesquisas de iniciação científica, monitoria, trabalho de conclusões de curso, entre outros.
Muitos dos egressos ocupam posições de destaque, não só no Brasil, mas em outros países vizinhos, notadamente Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Uruguai, Colômbia e outros. Atualmente, o PPGEF conta com 307 discentes matriculados, sendo 125 em nível de mestrado, 175 de doutorado e 7 de pós-doutorado. Tradicionalmente, os egressos vão para variados setores da Engenharia Florestal, como instituições de pesquisa, universidades, órgãos reguladores e de fiscalização ambiental, funções gerenciais em indústrias de base florestal e consultorias próprias ou de terceiros. Além disso, muitas pesquisas desenvolvidas por discentes e docentes são aplicadas nos mais variados setores produtivos da Engenharia Florestal.
O PPGEF realizou uma pesquisa para traçar um perfil de seus egressos, através da aplicação de um questionário. Das respostas obtidas, 55% foram de egressos a partir de 2014, e 45% de egressos anteriores a 2014. Como dado importante, salienta-se que aproximadamente 42% dos entrevistados são professores em universidades no Brasil e no exterior, sendo um professor na Universidade de Bio-Bio ? Chile, e outro na Universidade de Freiburg – Alemanha, demonstrando a vocação do PPGEF na formação de docentes. No Brasil, a maioria das universidades tem em seus corpos docentes egressos do PPGEF.