LETR7006 – DRAMATURGIA |
Dramaturgia brasileira moderna em tradução (Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, Jorge Andrade, Dias Gomes) |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Quinta – 08:30 às 12:30 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 20
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 03/08/2023 a 07/12/2023
PROFESSOR: MARCELO PAIVA DE SOUZA
EMENTA: Tomando como ponto de partida casos específicos de tradução de obras da dramaturgia brasileira moderna Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, Boca de ouro, de Nelson Rodrigues, Vereda da salvação, de Jorge Andrade, e O pagador de promessas, de Dias Gomes e suas respectivas encenações em palcos estrangeiros, o curso propõe reflexão e debate teórico-metodológicos acerca de problemáticas mais amplas: a circulação internacional do nosso teatro; o fazer tradutório no mundo teatral; as intersecções entre história da tradução e história do teatro.
BIBLIOGRAFIA: ANDERMAN, Gunilla. Europe on stage: translation and theatre. London: Oberon Books, 2006.
AALTONEN, Sirkku. Time-Sharing on stage: drama translation in theatre and society. Clevedon: Multilingual Matters, 2000.
BARBOSA, Tereza Virgínia Ribeiro; PALMA, Anna; CHIARINI, Ana Maria (org.). Teatro e tradução de teatro: estudos (vol. 1). Belo Horizonte: Relicário, 2017.
BASSNETT, Susan; LEFEVERE, André. Constructing cultures: essays on literary translation. Clevedon: Multilingual Matters, 1998.
BERMAN, Antoine. Pour une critique des traductions: John Donne. Paris: Gallimard, 1995.
BIGLIAZZI, Silvia; KOFLER, Peter; AMBROSI, Paola (eds.). Theatre translation in performance. London/New York: Routledge, 2013. BOHUNOVSKY, Ruth. Traduções no teatro, feitas para publicar, encenar ou legendar: uma tipologia possível. Urdimento, v. 2, nº 35, ago/set 2019, p. 129-148. Disponível em . FARIA, João Roberto (dir.). História do teatro brasileiro, vol. 2: do modernismo às tendências contemporâneas. São Paulo: Perspectiva; Edições SESCSP, 2013.
HÖRMANSEDER, Fabienne. Text und Publikum. Kriterien für eine Bühnenwirksame Übersetzung im Hinblick auf eine Kooperation zwischen Translatologen und Bühnenexperten. Tübingen: Stauffenburg, 2008.
LEFEVERE, André. Translation, rewriting and the manipulation of literary fame. London: Routledge, 1992.
ŁUKASZYK, Ewa; PLUTA, Nina. Historia literatur ibero-amerykańskich. Wrocaw: ZNIO, 2010.
MICHALSKI, Yan. Ziembinski e o teatro brasileiro. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: MINC/FUNARTE, 1995.
MORINI, Massimiliano. Theatre translation: theory and practice. London: Bloomsbury, 2022.
ODZIMKOWSKA, Mariola. La réception du théâtre polonais en France de 1989 à nos jours. Saarbrücken: Presses Académiques Francophones, 2014.
SCOLNICOVA, Hanna; HOLLAND, Peter (ed.). The play out of context: transferring plays from culture to culture. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.
SOUZA, Marcelo Paiva de. Literatura dramática em tradução no teatro brasileiro moderno. In: SOUSA, Germana Henriques Pereira de (org.). História da tradução: ensaios de teoria, crítica e tradução literária. Campinas: Pontes, 2015, p. 263-281
|
LETR7016 – INTERFACES DA LINGUÍSTICA |
O texto de ficção: teoria das emoções, análise textual e pragmática da leitura |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: 508 Ed. DPII
HORÁRIO: Quarta – 14:00 às 17:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 02/08/2023 a 29/11/2023
PROFESSOR: PEDRO RAMOS DOLABELA CHAGAS
EMENTA: Operando no campo da teoria da leitura, a disciplina discutirá contribuições para a análise textual da prosa de ficção de teorias situadas na interface entre a linguística, as ciências cognitivas e a teoria das emoções. São teorias que analisam estratégias textuais empregadas para envolver afetivamente o leitor na leitura, como modo de orientação atencional, interpretação do texto e produção de empatia com os personagens. Mais especificamente, serão abordados: 1) a noção de espessura, de D. Matravers, como descrição de procedimentos textuais para a atribuição de densidade sensorial à experiência imaginativa do enredo; 2) a distinção de M. Caracciolo entre atribuição e encenação da consciência, tratados como estímulos textuais complementares na construção da vida mental dos personagens; 3) contribuições da pragmática linguística à análise da representação textual de emoções e afetos, a serem buscadas num amplo corpus de autores; 4) contribuições da teoria da relevância, de D. Sperber e D. Wilson, ao estudo das implicações dos tons de elocução para a aproximação ou distanciamento emocional dos personagens e da história narrada. Para fundamentar empiricamente a discussão teórica, analisaremos um pequeno conjunto de textos de Machado de Assis, a serem escolhidos em conjunto com a turma.
Programa Cronograma:
O programa seguirá os quatro tópicos acima indicados, numa sequência de 3 encontros para cada um. As referências bibliográficas relativas a cada um deles serão apresentadas na aula inaugural, quando será também definido o corpus literário a ser analisado. Além disso, estão previstos encontros dedicados à orientação dos trabalhos finais da disciplina.
BIBLIOGRAFIA: ADAMS, Jon-K. Pragmatics and fiction. Philadelphia: John Benjamins, 1985.
ASMA, Stephen T. & GABRIEL, Rami. The Emotional Mind: The Affective Roots of Culture and Cognition. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2019.
BARRETT, Lisa Feldman. How Emotions Are Made: The Secret Life of the Brain. New York, Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company, 2017.
BEDNAREK, Monika. Emotion talk across corpora. New York: Palgrave Macmillan, 2008.
BORTOLUSSI, M.; DIXON, P.. Psychonarratology: Foundations for the Empirical Study of Literary Response. Cambridge, MA: Cambridge University Press, 2003.
CARACCIOLO, Marco. The Experientiality of Narrative: An Enactivist Approach. Berlim: De Gruyter, 2014.
CAVE, T. Thinking with Literature: Towards a Cognitive Criticism, Oxford: Oxford University Press. 2016.
COLOMBETTI, G.; KRUEGER, J. Scaffoldings of the Affective Mind. Philosophical Psychology, v. 28, n. 8, p. 115776, 2015.
DEHAENE, S. Os neurônios da leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012
DOLEZEL, L. Heterocosmica: Fiction and Possible Worlds. Baltimore: The Johns Hopkins University Press. 1998.
GERRIG, R. Experiencing narrative worlds: on the psychological activities of Reading. Colorado: Westview Press, 1998.
GOODMAN, N. Ways of Worldmaking. Oxford: Oxford University Press, 1978.
HERMAN, D. Storytelling and the Sciences of Mind. Cambridge, MA: MIT Press, 2013.
HOGAN, P. Affective Narratology: The Emotional Structure of Stories. Lincoln, Nebraska: University of Nebraska Press, 2011.
JUCKER, A., LOCHER, M (eds.). Pragmatics of Fiction. Berlim: De Gruyter, 2017.
KEEN, S. Empathy and the Novel. Oxford: Oxford University Press, 2007.
KOCKELMAN, P. Agent, Person, Subject, Self: A Theory of Ontology, Interaction, and Infrastructure. Oxford: Oxford University Press.
MATRAVERS, Derek. Fiction and Narrative. Oxford: OUP Oxford, 2014.
NÜNNING, V.; NÜNNING, A.; NEUMANN, B. Cultural ways of worldmaking. Media and narratives. Berlim: De Gruyter, 2010.
OGAS, O.; GADDAM, S. Journey of the mind: How thinking emerged from chaos. New York: W. W. Norton & Company, 2022.
PRINZ, Jesse J. Gut Reactions: A Perceptual Theory of Emotion. New York: Oxford University Press, 2004.
RYAN, M. Possible Worlds, Artificial lntelligence, and Narrative Theory. Indiana: University Bloomington & Indianapolis Press, 1991.
SPERBER, D.; WILSON, D. Relevance: Communication and Cognition. 2 ed. Oxford: Blackwell, 1996.
SPERBER, D; WILSON, D. Meaning and relevance. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.
TOBIN, Vera. Elements of Surprise: Our Mental Limits and the Satisfactions of Plot. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2018
ZUSHINE, L. Why We Read Fiction: Theory of Mind and the Novel. Nova York: Oxford University Press. 2015.
|
LETR7021 – LITERATURA E ALTERIDADE |
Orientalismo(s) na literatura e no cinema de língua portuguesa |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Quarta – 08:00 às 12:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 02/08/2023 a 22/11/2023
PROFESSOR: JOSÉ CARVALHO VANZELLI
EMENTA: É difícil pensar a história, a cultura e as artes do mundo ocidental sem ter em conta suas relações com os povos e as culturas genericamente chamadas de orientais. Tal fato se torna ainda mais relevante quando pensamos nos casos dos países de língua portuguesa, uma vez que povos e culturas asiáticas marcaram fortemente (e de maneiras diferentes) as memórias coletivas destas nações. A partir do contato Ocidente-Oriente, nasce, no século XIX, a área de estudo denominada Orientalismo que pode ser entendida como um conjunto de estudos e representações de pessoas e culturas do Oriente pelo Ocidente. No caso dos países de língua portuguesa, o Orientalismo, para além das representações de um Outro oriental em si, dialoga também com outras questões histórico-sociais como a religião, a colonização, a imigração, entre outras , reforçando a já clássica defesa feita por Edward Said (1935-2003), em Orientalismo (1978), de que estas representações dizem mais sobre o próprio Ocidente do que sobre o Oriente. Esta disciplina pretende debater as formas que a literatura em prosa e o cinema de língua portuguesa (Portugal e Brasil) representaram o Oriente, averiguando se há mudanças regionais e/ou temporais no olhar ao Outro. Também, pretende-se debater a representação desses países em um filme oriental. Entre os textos literários a serem estudados estão: Peregrinação (1614), de Fernão Mendes Pinto; O Mandarim (1880), de Eça de Queirós; A Estrela de Nagasaqui (1906), de Campos Júnior; e Rakushisha (2007), de Adriana Lisboa. Já os textos fílmicos a serem debatidos são: Meu Japão Brasileiro (1965), de Glauco Mirko Laurelli e Amácio Mazzaropi; Mulher Oceano (2020), de Djin Sganzerla; e Anatomia do Medo (1955), de Akira Kurosawa. O embasamento teórico que norteará as leituras críticas será composto por uma bibliografia que contempla os estudos sobre o Orientalismo, com ênfase no caso dos países de língua portuguesa, e a Alteridade.
Entre os referenciais teóricos estão Orientalismo e Cultura e Imperialismo, de Edward Said; Linhagens do Presente, de Aijaz Ahmad; Cultura e Representação, de Stuart Hall; O local da cultura, de Homi Bhabha; além de estudos sobre as especificidades do Orientalismo português. Estudos críticos acerca das obras analisadas e dos contextos históricos, políticos e culturais dos países abordados também comporão o embasamento teórico da disciplina.
BIBLIOGRAFIA: AHMAD, Aijaz. Linhagens do Presente. São Paulo: Boitempo Editorial, 2002. p. 109-165.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2013.
BRAGA, Duarte Drumond. As Índias Espirituais: Fernando Pessoa e o orientalismo português. Lisboa: Tinta da China, 2019.
BOXER, C. R. O Império Marítimo Português (1415-1825). Lisboa: Edições 70, 2011.
CAMPOS JUNIOR, António. A Estrela de Nagasaqui. 3ª ed. Lisboa: João Romano Torres & C.ª. [19–].
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci; TAKEUCHI, Marcia Yumi. Imigrantes Japoneses no Brasil. Trajetória, Imaginário e Memória. São Paulo: Edusp, 2010.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006
HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, Apicuri, 2016.
IRWIN, Robert. Pelo amor ao saber: Os orientalistas e seus inimigos. Rio de Janeiro: Record, 2008.
LISBOA, Adriana. Rakushisha. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2014.
MACHADO, Álvaro Manuel. O Mito do Oriente na Literatura Portuguesa. Lisboa: ICALP (Biblioteca Breve), 1983.
MACHADO, Everton V. O Orientalismo português e as Jornadas de Tomás Ribeiro: caracterização de um problema. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2018.
PINTO, Fernão Mendes. Peregrinação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. 2 v.
QUEIRÓS, Eça de. O Mandarim. Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós. BERRINI, Beatriz (org.) Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1992.
QUEIRÓS, Eça de. Chineses e Japoneses. In: Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós. Textos de Imprensa IV (da Gazeta de Notícias). MINÉ, Elza e CAVALCANTE, Neuma (org.). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002, p. 527-546.
SAID, Edward W. O orientalismo reconsiderado. In: Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo,Companhia das Letras, p. 61-78, 2003.
SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
TAKEUCHI, Márcia Yumi. Perigo Amarelo. Imagens do mito, realidade do preconceito. São Paulo: Humanitas, 2008.
XAVIER, ISMAIL. O DISCURSO CINEMATOGRÁFICO: A OPACIDADE E A TRANSPARÊNCIA. 9. ED. RIO DE JANEIRO; SÃO PAULO: PAZ E TERRA, 2019.
|
LETR7037 – O ESTATUTO SOCIAL DAS LÍNGUAS |
PEDAGOGIA FREIREANA EM EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Teams
HORÁRIO: Sexta – 08:30 às 11:30 – 13 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 35
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 18/08/2023 a 01/12/2023
PROFESSOR: ADRIANA CRISTINA SAMBUGARO DE MATTOS BRAHIM
EMENTA: Ementa: concepções teóricas e metodológicas da pedagogia freireana em educação linguística.
O objetivo da disciplina é propiciar a oportunidade de construção de entendimentos sobre conceitos teóricos e metodológicos da pedagogia freireana para subsidiar pesquisas e práticas em educação linguística no escopo da Linguística Aplicada. Para isso, serão lidas e debatidas algumas obras principais do educador brasileiro Paulo Freire, e de diferentes autoras e autores brasileiros e estrangeiros que referenciam a pedagogia freireana, tanto para defende-la quanto para criticá-la. A turma será convidada a estabelecer relações com perspectivas teórico-pedagógicas em pesquisas e/ou práticas de seus espaços de atuação, individuais e/ou coletivas.
A disciplina será ofertada ao longo de 13 semanas, de 18/08 a 01/12/2023, das 8h30 às 12h, às sextas-feiras, totalizando 45 horas. As 45 horas restantes deverão ser dedicadas às leituras, atividades em equipe, preparação de apresentações e trabalhos avaliativos que serão definidos de comum acordo com a turma no primeiro encontro da disciplina. A dinâmica dos encontros também será definida em diálogo com a turma. Pessoas que não residem em Curitiba poderão cursar a disciplina, podendo participar de forma remota, por meio da plataforma Teams, desde que assinem termo de compromisso com alguns critérios de participação como: possuir conexão de internet de boa qualidade, permanecer 100% do tempo do encontro com câmera ligada, participar das discussões ativamente com as ou os participantes presenciais, entre outros. As ou os participantes que não cumprirem os critérios de participação, serão automaticamente cancelados da disciplina.
BIBLIOGRAFIA: Breuing, Mary. Problematizing Critical Pedagogy. International Journal of Critical Pedagogy, Vol 3 (3) (2011) pp 2-23.
FLEURI, R. M. Paulo Freire e as cosmovisões dos povos originários. In: CRUZ, Giseli, B.; FERNANDES, Claudia; FONTOURA, Helena, A. da; MESQUITA, Silvana. (Org.). Didática(s) entre diálogos, insurgências e políticas. 1ed.Rio de Janeiro/Petrópolis: Faperj, 2020, v. 1, p. 428-452.
FRANCO, Maria Amélia do Rosário Santoro. Da necessidade/atualidade da pedagogia crítica: contribuições de Paulo Freire. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 25, n. 2, p. 154-170, Maio./Ago. 2017. http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/index.
FREIRE, P. & MACEDO, D. Literacy: reading the word and the world. London: Routledge and Kegan Paul, 1987.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 17ª ed. 1987.
FREIRE, P.; FAUNDEZ, A. Por uma pedagogia da pergunta. Rev. e trad. Antonio Faundez e Heitor Ferreira da Costa. 7a. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011 [1985].
FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. notas de Ana Maria Araújo Freire. 28a. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021 [1992].
GUILHERME, A.; FREITAS, A. L. Paulo Freire e Gert Biesta: um diálogo fecundo sobre a educação para além da facilitação da aprendizagem. Inter-ação (UFGV Online), v. 42, p. 69-86, 2017
HOOKS, B. Teaching Critical thinking. New York, Rotledge, 2010.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
LEGRAMANDI, Aline. B.; GOMES, Manuel. T. Insurgência e resistência no pensamento freiriano: propostas para uma pedagogia decolonial e uma educação emancipatória. Revista @mbienteeducação. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo, v. 12, n. 1, p. 24-32 jan/abr 2019.
MENEZES DE SOUZA, Lynn Mario T. & MONTE MÓR, Walkyria. Still critique? Rev. Bras. Linguíst. Apl., v. 18, n. 2, p. 445-450, 2018
MORAES, Marcia. Paulo Freire, Educação e Esperança: uma entrevista com Moacir Gadotti. Forum Crítico da Educação, Rio de Janeiro, v. 3, n.1, p. 99-109, 2004.
PENNA, Camila. Paulo Freire no pensamento decolonial: um olhar pedagógico sobre a teoria Pós-colonial Latino-americana. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas. V. 8, n. 2, 2014, p. 181-199.
WALSH, Catherine. Decolonial pedagogies walking and asking. Notes to Paulo Freire from AbyaYala. International Journal of Lifelong Education, 2015, v.34, n. 1, pp.921.
OBS.: Outras referências serão sugeridas, a partir do diálogo e interesse das pessoas participantes na disciplina.
|
LETR7091 – TEORIA E ANÁLISE GRAMATICAL |
Semântica conceitual |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1119
HORÁRIO: Quinta – 14:00 às 17:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 03/08/2023 a 23/11/2023
PROFESSOR: LUISANDRO MENDES DE SOUZA
EMENTA: Ementa: Reflexão teórica sobre o aparato formal, ontologia dos primitivos e conceitos em modelos formais para abordar teorias gramaticais específicas. Aplicações e elaborações dos conceitos básicos na descrição e/ou modelagem de fenômenos gramaticais específicos (fonéticos, fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos).
Objetivos:
O objetivo principal da disciplina é estudar a abordagem de semântica lexical de uma perspectiva conceitual, a partir da proposta teórica de Jackendoff (1985; 1991; inter alia), olhando para fenômenos sintáticos e semânticos como a estrutura argumental, papéis temáticos, entre outros.
Objetos específicos:
– Discutir aspectos gerais da semântica lexical: papéis temáticos e estrutura argumental
– Discutir fenômenos do português brasileiro
– Discutir a abordagem conceitual de Jackendoff
Avaliações: exercícios, resenhas e um ensaio final com tema de escolha do aluno
BIBLIOGRAFIA: CANÇADO, M.; AMARAL, L. Introdução à semântica lexical: papéis temáticos, aspecto lexical e decomposição de predicados. Petrópolis: Editora Vozes, 2016.
JACKENDOFF, R. Semantics and cognition. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1983.
JACKENDOFF, R. Semantic structures. Cambridge, Mass: MIT Press, 1990.
LEVIN, B.; HOVAV, M. R. Argument realization. Cambridge [England] ; New York: Cambridge University Press, 2005.
PERINI, M. A. Estudos de gramática descritiva: as valências verbais. São Paulo: Parábola, 2008.
|
LETR7091 – TEORIA E ANÁLISE GRAMATICAL |
Teorias Morfológicas |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: 1112
HORÁRIO: Terça – 14:00 às 17:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 15
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 01/08/2023 a 28/11/2023
PROFESSOR: MARIA CRISTINA FIGUEIREDO SILVA
EMENTA: Reflexão teórica sobre o aparato formal, ontologia dos primitivos e conceitos em modelos formais para abordar teorias gramaticais específicas. Aplicações e elaborações dos conceitos básicos na descrição e/ou modelagem de fenômenos gramaticais específicos (fonéticos, fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos).
Objetivos:
1. Desenvolver a capacidade crítica do pós-graduando com respeito às teorias e tipologias que se aplicam à área tratada pelo nome de morfologia;
2. Apresentar ao pós-graduando as bases da morfologia gerativa.
Programa:
1. Uma breve discussão sobre a morfologia nos estudos tradicionais
2. O estruturalismo de Mattoso Camara Jr.
3. Morfologia gerativa dos anos 70 e 80
4. Morfologia Distribuída: aspectos definidores
BIBLIOGRAFIA: ALBANO, Eleonora. O gesto e suas bordas: esboço de fonologia acustico-articulatória do português brasileiro. Campinas: Mercado das Letras, 2001.
ALEXIADOU, Artemis; HAEGEMAN, Liliane; STAVROU, Melita. Noun Phrase in the Generative Perspective. Berlim, Nova Iorque: Mouton de Gruyter, 2007.
ARONOFF, Mark. Morphology by itself. Cambridge: MIT Press, 1994.
CARREIRA, Marcos; FOLTRAN, Maria; KNÖPFLE, Andrea. Small Clauses and state of the art. Revista Linguística, v. 13, n. 2, p. 383-401, 2017.
CHOMSKY, Noam. Knowledge of language: its origin, nature and use. Nova Iorque: Praeger, 1986.
Basílio, M. (1980) Estruturas lexicais do português: uma abordagem gerativa. Petrópolis: Vozes.
_____ (2004) Formação e classes de palavras no português do Brasil. São Paulo: Contexto.
Bonet, E. (1991) Morphology after Syntax: Pronominal Clitics in Romance. Tese de doutorado. Massachusetts: MIT.
Camara Jr., J.M. (1970) Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes.
Cunha, C. & L. CINTRA (1986) Nova gramática do português. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Halle, M. & A. Marantz (1993) Distributed Morphology and the Pieces of Inflection. In The View from Building 20. HALE, K.; KEYSER, S. J. (eds.). Cambridge, MA: MIT Press, 1993, p. 111-176
Katamba, F. (1993) Morphology. Londres: Palgrave Macmillan Ed.
Marantz, A. (1997) No escape from syntax: don’t try morphological analysis in the privacy of your own lexicon. In: University of Pennsylvania Working Papers in Linguistics – Proceedings of the 21st Annual Penn Linguistics Colloquium. DIMITRIADS, A.; SIEGEL, L. et al. (eds.), v. 4, n. 2, 1997, p. 201-225.
Medeiros, A.B. (2008) Traços morfossintáticos e subespecificação morfológica na gramática do português: um estudo das formas participiais. Tese de doutoramento. Rio de Janeiro: UFRJ.
Rocha, L.C. (1999) Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
SANTANA, B. (2019) Morfologia ornamental: as vogais temáticas do português brasileiro. Tese de doutorado. Curitiba: UFPR.
Spencer, A. (1993) Morphological Theory. Oxford: Blackwell.
|
LETR7092 – LINGUAGEM, CONTEXTO E SENTIDO |
Análise do Discurso: bases teóricas e desdobramentos |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Terça – 14:00 às 17:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 20
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 01/08/2023 a 28/11/2023
PROFESSOR: GESUALDA DE LOURDES DOS SANTOS RASIA
EMENTA: Neste curso serão abordados, em um primeiro bloco, os pressupostos de sustentação da Análise do Discurso de filiação pêcheuxtiana, notadamente aqueles relacionados ao chamado tripé de sustentação da teoria, quais sejam, o materialismo histórico-dialético; a linguística e a teoria do discurso. Em um segundo bloco da abordagem a ênfase recairá sobre a problematização da noção de determinação, a partir dos movimentos tecidos no interior da própria teoria. Os movimentos de análise, indispensáveis para a compreensão da natureza mesma do discurso, estarão presentes ao longo da abordagem.
BIBLIOGRAFIA: ALTHUSSER, Louis. Sobre a reprodução. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes, 2008.
GADET, Françoise e HAK, Tony (org). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas, SP: Ed. da Unicamp,1993.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. Da UNICAMP, 1988.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES:
BARBOSA FILHO, Ramos e BALDINI, Lauro José Siqueira. Análise de discurso e materialismos: prática política e materialidades. (V. II). São Paulo: Campinas, 2018.
CHARAUDEAU, Patrick e MAINGUENEAU, Dominique. Dicionário de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2002.
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político. São Carlos: EdufscAR, 2009.
GUILHAUMOU, Jacques, MALDIDIER, Denise e ROBIN, Régine. Discurso e arquivo: experimentações em análise do discurso. São Paulo: Campinas, 2016.
INDURSKY, Freda. A fala dos quartéis e as outras vozes. Campinas, Ed. da Unicamp, 2013.
LEANDRO-FERREIRA, Maria Cristina. Glossário de termos do discurso. Campinas, SP: Pontes, 2020.
VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Brasília: Ed. UNB, 1998.
|
LETR7093 – LINGUAGEM, CONTEXTO E USO |
Projeto teórico-metodológico de Bakhtin e o Círculo para os estudos da linguagem |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1020
HORÁRIO: Quinta – 13:30 às 17:30 – 11 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 10/08/2023 a 09/11/2023
PROFESSOR: CARLOS ALBERTO FARACO MARIA INÊS BATISTA CAMPOS NOEL RIBEIRO
EMENTA: Discutir questões referentes às noções de arquitetônica, enunciado, texto, discurso e gêneros discursivos, a partir da perspectiva da Teoria Dialógica do Discurso, mostrando sua fundamentação filosófica e seus desdobramentos contemporâneos
BIBLIOGRAFIA: ARAN, P. O. A questão do autor em Bakhtin. Bakhtiniana, Rev. Estudo do Discurso [on-line]. 2014, vol.9,p. 4-25. Disponível em https://www.scielo.br/j/bak/a/WXgmr6Q5SMPYG3Mc8rsd4Th/?lang=pt Acesso em 28 mai. 2023.
BAJTIN, M.M. Hacia uma filosofia del acto ético. In: Hacia uma filosofia del acto ético. De los borradores y otros escritos. Comentarios de I. Zavala y A. Ponzio. Rubi: Anthropos; San Juan: Universidad de Puerto Rico, 1997, p. 63-81.
BAKHTIN, M. M. The Problem of Content, Material, and Form in Verbal Art. (1924). Trans. Kenneth Brostrom. In:
_______. Art and Answerability: Early Philosophical Essays by M.M.Bakhtin. Austin: University of Texas Press, 1990, p. 257-325. (Atenção: não usar a tradução brasileira deste texto: é um desastre.)
________. Arte e responsabilidade. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011 [1919]. p. XXXIII-XXXIV.
________. O discurso em Dostoiévski. In.: Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, p. 207-234.
________. O autor e a personagem na atividade estética. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Introd., trad. do russo de Paulo Bezerra. Prefácio à edição francesa de Tzvetan Todorov. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 3-90, p. 423-436.
________. Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2016. p. 11-107.
________. O falante no romance. In: Teoria do romance I: a estilística. Trad., prefácio, notas e glossário Paulo Bezerra. Org da edição russa Serguei Botcharov; Vadim Kójinov. São Paulo: 34, 2015, p. 123-166.
BRAIT, B. Análise e teoria do discurso. In.: BRAIT, B. (org.) Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006, p. 9-32
CAMPOS, M. I. B. Compreensão sobre a arquitetônica em Bakhtin: fontes kantianas. ORGANON, v. 30, p. 1-210, 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/organon/article/view/56901/35596
DOSTOIÉVSKI, F. M. Uma criatura dócil. Ilustrações de Lasar Segall. Trad. Fátima Bianchi. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
FARACO, C. A. Mikhail Bakhtin: linguagem e axiologia. Anuário de Glotopolítica, n. 5, jan. 2023. Disponível em: https://glotopolitica.com/aglo5/faraco/ acesso em 01 jun. 2023.
________. O problema do conteúdo, do material e da forma na arte verbal. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin: dialogismo e polifonia. São Paulo: Contexto, 2009, p.95-111.
________. Bakhtin: da filosofia à ciência da linguagem. Aula inaugural do primeiro semestre letivo de 2020 do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUC/Minas. Manuscrito (cópia a ser fornecida no primeiro dia de aula).
________. O espírito não pode ser o portador do ritmo. BAKHTINIANA, São Paulo, v. 1, n. 4, p. 17-24, 2010. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/4295/2899 Acesso em 28 maio/2023.
MEDVIÉDEV, P. N. Os elementos da construção artística. In: ______. O método formal nos estudos literários: a introdução crítica a uma poética sociológica. Trad. Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Contexto, 2012. p. 193-207.
MORSON, G.S.; EMERSON, C. Toward a Philosophy of the Act. In: _____. Rethinking Bakhtin: extensions and Challenges. Illinois: Northwestern University Press, 1989, p. 5-30.
________. Conceitos globais prosaística, Não-finalizabilidade, Diálogo. In.: Mikhail Bakhtin: criação de uma prosaística. Tradução Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Edusp, 2008, p. 31-80
SOUZA, G.T. A construção da metalinguística. (Fragmentos de uma ciência da linguagem na obra de Bakhtin e seu Círculo). FFLCH, USP, 2002. Tese de doutorado. Disponível em https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-17092002-120415/pt-br.php
__________. Introdução à teoria do enunciado concreto do Círculo Bakhtin/ Volochinov / Medvedev. São Paulo: Humanitas, 1999, p. 85-136.
Com a palavra: João Vanderley Geraldi. In: SOUZA, Sweder; RUTIQUEWISKI, Andréia (Orgs.). Ensino de língua portuguesa e a base nacional comum curricular. Propostas e desafios (BNCC – ensino fundamental II. Campinas: Mercado de Letras, 2020. p. 225-231.
TODOROV, T. Épistemologie des sciences humaines. In.: Mikhail Bakhtin et le príncipe dialogique suivi de Écrits du Cercle de Bakhtine. Paris: Éditions du Seuil, 1981, p. 27-48.
VOLÓCHINOV, V. (Círculo de Bakhtin). A importância dos problemas da filosofia da linguagem para o marxismo. In: _____. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad., notas e glossário de Sheila Grillo e Ekaterina V. Américo. São Paulo: Editora 34, 2017. p. 91-140.
________. Para uma história das formas do enunciado nas construções da língua (experiência de aplicação do método sociológico aos problemas sintáticos). In: _____. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad., notas e glossário de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34, 2017. p. 241-262.
|
LETR7001 – AGÊNCIA, IDENTIDADE E DISCURSO |
Agir professoral e praxiologias críticas na formação de professoras/es |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Google Meet
HORÁRIO: Segunda – 19:00 às 21:30 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 31/07/2023 a 27/11/2023
PROFESSOR: ROSIVALDO GOMES
EMENTA: Conceito de agência, agir docente, agir didático e agir professoral e implicações desses conceitos no campo metateórico e metametodológico da LA; educação linguística, agência docente e interação em sala de aula de línguas; problematização de praxiologias críticas e repertório didático; o/a professor/a como agente de letramento.
BIBLIOGRAFIA: BIESTA, G. & TEDDER, M. How is agency possible? Towards an ecological understanding of agency-as-achievement. Learning lives: Learning, identity, and agency in the life course (working paper five). Exeter: Teaching and Learning Research Programme, 2006.
CICUREL, Francine. As interações no ensino de línguas: agir professoral e práticas de sala de aula. Tradução de Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin, Larissa Maria Ferreira da Silva Rodrigues, Antônio Felipe Aragão dos Santos. Fortaleza: Parole, 2020.
FERRAZ, D. M.; KAWACHI-FURLAN, C. J. (Orgs.). Bate-papo com educadores linguísticos: Letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.
FOGAÇA, F. C.; HALU, R. C. Comunidades de prática e construção identitária de formadores de professores em um programa de formação continuada. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, vol.17, n.3, p.427-454, 2017.
GOMES, R. G.; LEURQUIN, E. V. L. F. Saberes Docentes E O Agir Professoral De Um Professor-Residente Na Construção De Materiais Didáticos No Programa Residência Pedagógica. PERcursos Linguísticos, [S. l.], v. 11, n. 27, p. 132148, 2021.
HIBARINO, D. A. Vivências da agência docente nas aulas de língua inglesa no contexto do ProFIS-Unicamp. 272f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2018. Apenas o Capítulo 2: CONCEPTUALIZAÇÕES SOBRE AGÊNCIA E AGÊNCIA DOCENTE.
JORDÃO, C. A posição de professor de inglês no Brasil: hibridismo, identidade e agência. Letras & Letras, v. 26, n. 2, p. 427-442, 2011.
LEURQUIN, Eulália Vera Lúcia Fraga. Que dizem os professores sobre seu agir professoral? In: Ensino-aprendizagem na perspectiva da linguística aplicada. MAGELA, Ana Flávia Lopes (Org.). Campinas: Pontes, 2013, pp.299-323.
Melo, M. J. C. de ., Almeida, L. A. A. de ., & Leite, C. . Currículos de formação de professores: o poder de agência em questão. Sala Preta, 2022.
MESSIAS, Carla; DOLZ, Joaquim. As noções de gestos e de agir didático para a formação de professores de línguas: interfaces do trabalho docente. Cadernos Cenpec. São Paulo. V.5, n.1. pp.44-67, jan./jun. 2015.
PESSOA, R. R.; SILVA, K. A. (Org.) ; FREITAS, C. C. (Org.) . Praxiologias do Brasil Central sobre educação linguística crítica. 1a.. ed. São Paulo: Pá de Palavra, 2021.
PESSOA, R. R.; SILVESTRE, V. P. V. (Org.) ; BORELLI, J. D. V. P. (Org.) ; MASTRELLA-DE-ANDRADE, M. R. (Org.) . Universidadescola e educação linguística crítica: compartilhando vivências dos GEPLIs GO, MT E DF. 1. ed. Goiânia: CEGRAF UFG, 2022.
|
LETR7094 – TÓPICOS AVANÇADOS EM LINGUÍSTICA |
A Semântica e suas aplicações |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Segunda – 14:00 às 17:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 20
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 07/08/2023 a 20/11/2023
PROFESSOR: TERESA CRISTINA WACHOWICZ
EMENTA: A disciplina tem como objetivo analisar os lugares de aplicação das teorias em semântica (formal, cognitiva e pragmática): o ensino de língua portuguesa da Educação Básica, o discurso da desinformação, o discurso de jargões profissionais (médico, jornalístico, jurídico, etc.), a tradução, a revisão, dentre outras áreas de atuação sobre a linguagem, em que o significado linguístico passa a ser a base de efeitos de sentido.
PROGRAMA e CRONOGRAMA
A disciplina terá o formato metodológico de seminários acompanhados de discussões de textos selecionados a partir do perfil do grupo de discentes matriculados.
As leituras pressupostas de fundamentação em semântica seguem os manuais disponíveis em pdf ou impressos.
Em um primeiro momento, relativamente à aplicação da semântica nas práticas da Educação Básica, uma primeira proposta de leituras segue na bibliografia.
Os dias previstos de aula são os seguintes:
7, 14 e 28 de agosto;
4, 11, 18, 25 de setembro;
2, 9, 16, 23, 30 de outubro;
6, 13, 20 de novembro.
BIBLIOGRAFIA: BASSO, R.; FERRAREZI Jr., C. Semântica, semânticas: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2013.
CANÇADO, M. Manual de semântica noções básicas e exercícios. São Paulo: Contexto, 2012.
CHIERCHIA, G. Semântica. Trad. de Pagani, L.A.; Negri, L.; Ilari, R. Campinas, SP: Ed. da Unicamp, 2003.
DAVIS, S.; GILLON, B. (Eds.). Semantics a reader. Oxford University Press, 2004.
FERREIRA, Marcelo. Semântica – uma introdução ao estudo formal do significado. São Paulo: Contexto, 2022.
FRANCHI, Carlos. Linguagem – atividade constitutiva. In: Franchi, E; Fiorin, J.L. (Orgs.). Linguagem, atividade constitutiva teoria e poesia. São Paulo: Parábola, 2011[1976]. p. 33-74.
FREGE, Gottlob. Lógica e filosofia da linguagem. Trad. Paulo Alcoforado. São Paulo: Edusp, 2009[1892].
GAMUT, L.T.F. Logic, language, and meaning. Volume 1 Introduction to Logic. Chicago, London: The University of Chicago Press, 1991.
GOMES, Ana Quadros; MENDES, Luciana Sanchez. Para conhecer semântica. São Paulo: Ed. Contexto, 2017.
LARSON, R.; Segal, G. Knowledge of meaning an introduction to semantic theory. Cambridge, Massachusetts, London, England: The MIT Press, 1997[1995], 3th printing.
LYONS, J. Semântica. Lisboa, Portugal: Editorial Presença, vol 1, 1977.
MAIENBORN, Claudia; VON HEUSINGER, Klaus ; PORTNER, Paul (Eds.) Semantics: An International Handbook of Natural Language Meaning, Volume 1,2 e 3, 2011-2012.
MANI, I. et al. The language of time a reader. Oxford University Press, 2005.
PORTNER, Paul; PARTEE, Barbara H. Formal semantics the essencial readings. Blackwell Publishing, 2002.
SAEED, J. Semantics. Blackwell Publishing, 2nd edition, 2005[1997].
De SWART, H. Introduction to natural language semantics. Stanford, California: CSLI Publications, 1998.
|
LETR7096 – SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS I |
Tópicos Em Linguística Das Línguas De Sinais |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: a definir
HORÁRIO: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta – 14:00 às 16:00 – 5 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 20/10/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 23/10/2023 a 27/10/2023
PROFESSOR: ANDRE NOGUEIRA XAVIER
EMENTA: A disciplina objetiva tratar de aspectos fonológicos e morfológicos das línguas de sinais, bem como discutir questões referentes à iconicidade.
BIBLIOGRAFIA: LEPIC, R.; OCCHINO, C. A construction morphology approach to sign language analysis. In BOOIJ, G. (Ed.). The construction of words. Springer, 2018, p. 141172.
OCCHINO, C.; ANIBLE, B.; WILKINSON, E.; MORFORD, J. P. Iconicity Is in the Eye of the Beholder. Gesture, n. 16 (1), p. 100126, 2017.
OCCHINO, C. An Introduction to Embodied Cognitive Phonology: Claw-5 Handshape
Distribution in ASL and Libras. Complutense Journal of English Studies, n. 25, , 2017, p. 69-103.
OCCHINO, C. A Cognitive Approach to Phonology: Evidence from Signed Languages. PhD Dissertation. University of New Mexico, 2016.
|
LETR7097 – SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS II |
Os discursos na mídia: fórmulas, discursos midiáticos e digitais |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: TEAMS ou Google Meet
HORÁRIO: Quarta – 14:00 às 17:00 – 10 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 09/08/2023 a 29/11/2023
PROFESSOR: LIGIA NEGRI
EMENTA: A disciplina abordará principalmente os discursos da mídia na perspectiva de Dominique Maingueneau. Tipos e gêneros do discurso, cenas da enunciação, médium e discurso, enunciados destacados, frases sem texto e fórmulas.
BIBLIOGRAFIA: MAINGUENEAU, D. Análise de Textos de Comunicação. São Paulo: Cortez. 2013.
Bibliografia auxiliar
MAINGUENEAU, D. Frases sem texto. São Paulo: Parábola Editorial. 2014.
_________________ Doze conceitos em Análise do Discurso. São Paulo: Parábola Editorial. 2010.
_________________ Cenas da Enunciação. São Paulo: Parábola Editorial. 2008.
_________________ Gênese dos discursos. Curitiba: Criar Edições, 2005
KRIEG-PLANQUE, A. A Noção de Fórmula em Análise do Discurso. São Paulo: Parábola Editorial. 2010.
PAVEAU, M.A. Análise do Discurso Digital: dicionário das formas e das práticas. Campinas-SP: Pontes Editora. 2021
|
LETR7095 – TÓPICOS AVANÇADOS EM LINGUÍSTICA APLICADA |
Educação linguística e Interculturalidade em tempos de internacionalização e globalização neoliberal |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala: 114 (1º andar Ed. DPI)
HORÁRIO: Sexta – 14:00 às 17:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 04/08/2023 a 01/12/2023
PROFESSOR: JULIANA ZEGGIO MARTINEZ
EMENTA: Esta disciplina pretende colocar em estudo, discussão e análise o impacto da globalização contemporânea na educação geral e, em especial, na educação linguística, propondo pensar o tempo presente a partir da formação de professores/as e do ensino de línguas. As temáticas centrais envolvem problematizar/pensar: os sentidos de globalização e de internacionalização, a justaposição de línguas e culturas na atualidade, as crises migratórias, a linguagem no cenário de fluxos diversos e conflituosos do presente, o cartesianismo monolíngue, o multilinguismo e os distintos bilinguismos, os atravessamentos globais na educação local, a interculturalidade crítica, a cidadania linguística, a tradução e a ética intercultural. Espera-se que a disciplina contribua para a construção de conhecimento em Linguística Aplicada de maneira mais informada e ampliada sobre os desafios da globalização neoliberal, expandindo o presente e percebendo possibilidades outras de se viver e fazer educação linguística. Pesquisadores/as dedicados/as aos estudos da linguagem, da educação linguística, da formação de professores/as, bem como de contextos/perspectivas educacionais que dialoguem com as distintas temáticas são bem vindos/as a este curso.
A disciplina prevê 15 encontros presenciais às sextas-feiras das 14h às 17h, totalizando 45 horas (conforme cronograma abaixo). As outras 45 horas são dedicadas às leituras e produção de trabalhos. Os textos específicos para leitura serão encaminhados aos/às inscritos/as por e-mail no início do curso. Orientações sobre avaliação, trabalho final, seminários e a dinâmica dos encontros presenciais serão acordadas junto com o grupo no primeiro encontro.
A leitura introdutória indicada para o início da disciplina é o livro intitulado Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal de Milton Santos. Trata-se de uma obra de fácil acesso, disponível em livrarias, sebos, bibliotecas, internet. No entanto, se necessário, entrar em contato com a professora por e-mail (jumartinez@ufpr.br) para obter uma cópia em PDF.
BIBLIOGRAFIA: Observação: a lista de leituras específicas, com a indicação dos capítulos que serão lidos por aula, será entregue no início do curso.
Ahmed, Sara. (2012) On being included: racism and diversity in institutional life. Duke University Press, Durham and London.
Bernardino-Costa, Joaze et.al. (Org.) (2020). Decolonialidade e Pensamento Afrodiaspórico. Belo Horizonte, MG: Ed. Autêntica.
Burbules, Nicholas C.; Torres, Carlos Alberto (Org.) (2000). Globalização e Educação: Perspectivas Críticas. Porto Alegre, RS: Ed. Artmed.
Candau, Vera (Org.) (2020). Pedagogias Decoloniais e Interculturalidade: insurgências. 1ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Novamerica e Apoena.
Castro-Goméz, Santiago; Grosfoguel, Ramón (Org.) (2007). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (compiladores). Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar.
Cavalcanti, Marilda & Maher, Terezinha (Org.) (2018). Multilingual Brazil: language resources, identities, and ideologies in a globalized world. Routledge, New York.
Dardot, Pierre; Laval, Christian (2016). A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo, SP: Boitempo.
Garcia, Ofelia et al. (Org.) (2006) Imagining multilingual schools: languages in education and glocalization. Multilingual Matters, Toronto.
Guilherme, Manuela & Menezes de Souza, Lynn Mario (Org.) (2019): Glocal languages and critical intercultural awareness: The South answers back. New York: Routledge.
Grosfoguel, Ramón (2007). The epistemic decolonial turn: beyond political-economy paradigms. Cultural Studies, v.21, n.2-3, pp. 211-223.
Jones, Elspeth et al. (Org.) (2016). Global and Local Internationalization. Sense Publishers, Rotterdam, Boston, Taipei.
Kumaravadivelu, Bala (2008). Cultural Globalization and Language Education. Yale University Press. New Heaven and London.
Luna, José Marcelo Freitas de (Org.) (2018). Internacionalização do Currículo: educação, interculturalidade, cidadania global. 2ª edição. Campinas, SP: Pontes Editores.
Marginson, Simon (2014). Student self-formation in international education. Journal of Studies in International Education, v.18, n.01, p. 06-22, 2014.
Martin-Jones, Marilyn et al. (Org.) (2012). The Routledge Handbook of Multilingualism. Routledge, Canada.
Megale, Antonieta (Org.) (2019). Educação bilíngue no Brasil. São Paulo, SP: Fundação Santillana.
Mignolo, Walter & Walsh, Catherine (2018). On decoloniality: Concepts, analytics, praxis. Durham: Duke University Press.
Mignolo, Walter & Escobar, Arturo (Org.) (2010). Globalization and the decolonial option. Routledge Taylor and Francis Group, London and New York.
Morrison, Toni (2019). A origem dos outros: seis ensaios sobre racismo e literatura. 1ª reimpressão. São Paulo, SP: Ed. Companhia das Letras.
Nicolaides, Christiane et al. (Org.) (2013). Política e Políticas Linguísticas. Campinas, SP: Pontes Editores.
Park, Joseph & Wee, Lionel (2012). Markets of English: Linguistic capital and language policy in a globalizing world. New York: Routledge.
Pennycook, Alastair & Makoni, Sinfree (2020). Innovations and Challenges in Applied Linguistics from the Global South. Routledge, New York.
Santos, Gabriel Nascimento dos & Windle, Joel (2020). The Nexus of Race and Class in ELT: From interaction orders to orders of being. Applied Linguistics, Oxford University Press.
Santos, Milton (2015) Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 24ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Record.
Scholte, Jan Aart (2005). Globalization. A critical introduction. Palgrave Macmillan. 2nd Edition.
Sousa Santos, Boaventura (Org.) (2002). A globalização e as ciências sociais. 2ª edição. São Paulo, SP: Ed. Cortez.
Sousa Santos, Boaventura (2010). Para além do pensamento abissal: Das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: B. Sousa Santos, & P. M. Menezes (Eds.), Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, pp. 31-83.
Stein, Sharon. & Andreotti, Vanessa (2016). Towards Different Conversations About the Internationalization of Higher Education. Comparative and International Education, v.45, n.1.
Stroud, Christopher (2015). Linguistic Citizenship as Utopia. Multilingual Margins, 2(2), pp. 20-37.
Stroud, Christopher & Kerfoot, Caroline (2020). Decolonising Higher Education: Multilingualism, Linguistic Citizenship & Epistemic Justice. Working Papers in Urban Language & Literacies. Paper 265, s/p.
Walsh, Catherine (2009). Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: Candau, V. (org). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro, RJ: Viveiros, pp.12-42.
Walsh, Catherine (2020). ¿Interculturalidad y (de)colonialidad? Gritos, grietas y siembras desde Abya Yala. In: Losacco, J. R. (comp.) Pensar distinto, pensar de(s)colonial. Fundación Editorial El perro y la rana, pp. 139-178.
|
LETR7098 – TÓPICOS ESPECIAIS EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS |
A pesquisa em linguística na pós-graduação |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Quarta – 14:00 às 17:00 – 10 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 02/08/2023 a 29/11/2023
PROFESSOR: PATRÍCIA DE ARAUJO RODRIGUES
EMENTA: Ementa: Estudo de uma questão teórica, historiográfica ou epistemológica do campo de pesquisa em linguística geral ou aplicada.
Programa
Discussão sobre a pesquisa em linguística na pós-graduação com leitura do livro Surviving Linguistics: A Guide for Graduate Students Monica Macaulay (2006)
O ambiente da pós-graduação
O campo da linguística
Noções básicas de escrita para artigos/dissertação/tese
Como escrever como um linguista
O processo de escrita
Conferências
Publicações
A dissertação/tese
BIBLIOGRAFIA: BIZZO, N. (2012). Pensamento científico: a natureza da ciência no ensino fundamental. São Paulo: Melhoramentos.
GONÇALVES, A. V. (2012). Ciências da Linguagem: o fazer científico? Campinas: Mercado de Letras.
HAEGEMAN, L. (2006). Thinking syntactically: a guide to argumentation and analysis. Cambridge (MA): Blackwell.
HEINE, B.; NARROG, H. (2010). The Oxford Handbook of Linguistic Analysis. New York: Oxford University Press.
LITOSSELITI, L. (2018). Research Methods in Linguistics. New York: Bloomsbury.
PERINI, Mário A. (2006). Princípios de linguística descritiva: introdução ao pensamento gramatical. São Paulo: Parábola.
PODESVA, R. J.; SHARMA, D. Research Methods in Linguistics. New York: Cambridge University Press.
SAKEL, J. (2015). Study Skills for Linguistics. New York: Routledge.
|
LETR7099 – TEORIA DA FICÇÃO |
A Humana Comédia de Joyce |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: sala XXXX
HORÁRIO: Terça – 08:00 às 12:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 01/08/2023 a 28/11/2023
PROFESSOR: CAETANO WALDRIGUES GALINDO
EMENTA: Em 2022 completaram-se os cem anos da publicação do Ulysses, de James Joyce. Neste século de leitura, o romance assumiu papel de tão grande destaque em todo o cenário da literatura mundial que chegou até a eclipsar o impacto do restante da obra ficcional do autor. A proposta deste curso é propor uma leitura da obra em prosa de Joyce como um único grande romance: da abertura de um projeto ficcional em Dublinenses, passando pela apresentação, em Um retrato do artista quando jovem, de um eu de contornos autobiográficos que será posteriormente confrontado com um alter-ego e dissolvido na comunidade em Ulysses como preparação à dissolução final de todos os eus no mundo do Finnegans Wake. Nesta espécie de Humana Comédia de Joyce, passaríamos pelo painel social, pelo romance de formação do artista, pela frustração de suas ilusões adolescentes e a formação de um prosador maduro e pela superação de prosa, literatura e personalidade. Nesse trajeto, tensionam-se especialmente noções de instabilidade, centralidade e ego.
As leituras da obra de Joyce serão em português para os três primeiros livros, seguindo as edições das obras traduzidas pelo docente e publicadas pelo selo Penguin-Companhia das Letras. No que se refere ao Wake, discutiremos trechos do original, e também fragmentos da tradução ainda não publicada.
Neste semestre, será dada maior ênfase ao Finnegans Wake, romance mais complexo de Joyce.
BIBLIOGRAFIA: JOYCE, James. Dublinenses. São Paulo: Penguin Companhia, 2018.
_______. Exílios e Poemas. São Paulo: Penguin Companhia, 2021.
_______. Finnegans Wake. São Paulo: Penguin Companhia, previsto.
_______. Finns Hotel. São Paulo: Penguin Companhia, 2014.
_______. Ulysses. São Paulo: Penguin Companhia, 2012.
_______. Um retrato do artista quando jovem. São Paulo: Penguin Companhia, 2016. a vida do autor
ANDERSON, Chester G. James Joyce. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.
ELLMANN, Richard. James Joyce. Oxford: Oxford University Press, 1982.
IGOE, Vivien. James Joyces Dublin houses and Nora Barnacles Galway. Dublin: Wolfhound Press, 1997.
JACKSON, John Wyse (COSTELLO, Peter, colab.). John Stanislaus Joyce. Londres: Fourth State, 1997.
MADDOX, Brenda. Nora. São Paulo, Martins Fontes, 1991.
OBRIEN, Edna. James Joyce. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999.
PRITTCHARD, David. James Joyce. New Lanark: Geddes & Grossett, 2001. joyceana
AMARANTE, Dirce Waltrick do. Para ler Finnegans Wake, de James Joyce. São Paulo: Iluminuras, 2009.
BIRMINGHAM, Kevin. The Most Dangerous Book: the battle for James Joyce’s Ulysses. Nova York: Penguin, 2014.
BLAMIRES, Harry. The Bloomsday book.
BLOOM, Harold. James Joyce, in: Gênio. Rio de Janeiro, Objetiva, 2003.
BOOKER, M. Keith. Joyce, Bakhtin, and the literary tradition. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 1995.
BOWEN, Zack. Musical Allusions in the works of James Joyce. Nova Iorque: State University of New York Press, 1974.
BUDGEN, Frank. James Joyce and the making of Ulysses. Oxford: Osford University Press, 1972.
BURGESS, Anthony. Joysprick. Nova Iorque: Harcourt, 1975.
_______. Re Joyce. Nova Iorque, Norton, 2000 (1965).
_______ (ed.). A shorter Finnegans Wake. Londres: Faber & Faber, 1966.
CATO, Bob & VITIELLO, Greg (BURGESS, Anthony, intr.). Joyce Images. Nova Iorque e Londres, W. W. Norton e companhia, 1994.
DEANE, Seamus. Introduction in JOYCE, James. Finnegans Wake. Londres: Penguin, 1992.
ELLMANN, Richard. The consciousness of James Joyce. Londres: Faber & Faber, 1977.
_______. Selected letters of James Joyce. Nova Iorque, Viking Press, 1957.
_______. Ulysses on the liffey. Oxford: Oxford University Press, 1972.
_______. Four Dubliners. Londres, Cardinal, 1988.
GALINDO, Eu mesmo. Sim, eu digo sim: uma visita guiada ao Ulysses de James Joyce. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
GIFFORD, Don. Joyce Annotated. Berkeley: University of California Press, 1982.
_______ . Ulysses Annotated. Berkeley (com SEIDMAN, Robert J.): University of California Press, 1989.
GILBERT, Stuart. James Joyces Ulysses. Londres: Penguin, 1963.
GILLESPIE, Michael Patrick. Reading the book of himself. Columbus: Ohio University Press, 1989.
HART, Clive. James Joyces Dublin. Londres, Tames and Hudson, 2004.
HART, Clive & HAYMAN, David. James Joyces Ulysses. Berkeley: University of California Press, 1974.
HAYMAN, David. Ulysses: the mechanics of meaning. Madison: The University of Wisconsin Press, 1982.
HERRING, Phillip F. Joyces Ulysses notesheets in the British Museum. Charlottesville, University Press of Virginia, 1972.
JOLAS, Eugène. Sur Joyce. Paris, Plon, 1990. JOYCE, James. Occasional, critical, and political writing. (BARRY, Kevin, ed.). Oxford: Oxford University Press, 2000.
_______. Dubliners. Londres, Penguin, 1996.
_______. Finnegans Wake. Londres, Penguin, 1992.
_______. Finnegans Wake. (LAVERGNE, Philippe, trad.). Paris, Gallimard, 1982.
_______. Finnegans Wake. http://finwake.com
_______. Finnícius Revém. (SCHÜLER, Donaldo, trad.) 5 vols. São Paulo, Ateliê, 1999-2003.
_______. Poems and exiles. Londres, Penguin, 1992.
_______. A portrait of the artist as a young man. Oxford, Oxford University Press, 2000.
KENNER, Hugh. Ulysses. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1987.
_______. Joyces voices. Berkeley e Los Angeles, University of California Press, 1978
KERSHNER, R. B. Joyce, Bakhtin, and popular literature. Chappel Hill: The University of North Carolina Press, 1989.
LEVIN, Harry. James Joyce: a critical introduction. Norfolk: New dimensions, 1941.
MELCHIORI, Giorgio & ANGELIS, Giulio de. Ulisse: guida alla lettura. Milão: Oscar Mondadori, 2000.
NORRIS, Margot (ed.). A companion to James Joyces Ulysses. Boston: Bedford Books, 1998.
READ, Forrest (ed.) Pound/Joyce: the letters of Ezra Pound to James Joyce, with Pounds critical essays and articles about Joyce. Nova Iorque, New Directions, 1967
|
LETR7105 – CRÍTICA E TRADUÇÃO LITERÁRIA |
Tradução, filosofia e performance na obra de Barbara Cassin |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1020
HORÁRIO: Sexta – 08:30 às 12:30 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 31/07/2023 a 06/11/2023
PROFESSOR: RODRIGO TADEU GONÇALVES
EMENTA: Nesta disciplina, leremos diversas obras da filósofa francesa Barbara Cassin, em especial os livros e textos mais diretamente relacionados com a questão da tradução, como O dicionário dos intraduzíveis e o Elogio da tradução: complicar o universal. Para compreender a posição de Cassin sobre a tradução como um dispositivo potente para a proposta de um “relativismo consequente” que fundamenta sua proposição de “complicar o universal”, será necessário passar por pontos centrais de sua obra, como sua visão acerca do movimento da sofística grega, sua crítica ao princípio da não-contradição de Aristóteles, e seus conceitos de performance e performativo a partir da filosofia de John Austin.
BIBLIOGRAFIA: Cassin, Barbara. L’effet sophistique. Paris: Éditions Gallimard, 1995.
Cassin, Barbara & Michel Narcy. La décision du sens. Le livre Gamma de la Métaphysique dAristote. Paris: Vrin, 2000.
CASSIN, Barbara (org.). Vocabulaire Européen des Philosophies: Dictionnaire des Intraduisibles. Paris: Seuil, 2004.
Cassin, Barbara. O efeito sofístico: Sofística, filosofia, retórica, literatura. Tradução: Ana Lúcia de Oliveira, Maria Cristina Franco Ferraz e Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2005. CASSIN, Barbara (org.). Dictionary of Untranslatables: A Philosophical Lexicon. Editors of the translations: APTER, Emily; LEZRA, Jacques; WOOD, Michael. Princeton: University Press, 2014a.
Cassin, Barbara. Sophistical Practice: Towards a consistent relativism. New York, Fordham: 2014b. CASSIN, Barbara. La nostalgie. Quand donc est-on chez soi? Paris: Fayard, 2015. CASSIN, Barbara. Éloge de la traduction. Compliquer luniversel. Paris: Fayard, 2016.
CASSIN, Barbara. Quand dire, cest vraiment faire. Homère, Gorgias et le peuple arc-en-ciel. Paris: Fayard, 2018a.
CASSIN, Barbara (org.). Dicionário dos intraduzíveis: um vocabulário das filosofias. Vol. I: Línguas. Org. da versão brasileira: Fernando Santoro e Luisa Buarque. Belo Horizonte: Autêntica, 2018b.
CASSIN, Barbara. Elogio da tradução: complicar o universal. Trad. Daniel Falkemback e Simone Petry. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2022.
COCCIA, Emanuele. Metamorfoses. Tradução de Madeleine Deschamps e Victoria Mouawad. Rio de Janeiro: Dantes Editora, 2020.
FALEIROS, Álvaro. Traduções canibais: uma poética xamânica do traduzir. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2019.
FLORES, Guilherme Gontijo; GONÇALVES, Rodrigo Tadeu. Algo infiel: corpo performance tradução. 1. ed. Florianópolis/São Paulo: Cultura & Barbárie / n-1 edições, 2017. GONÇALVES, Rodrigo T. Performative Plautus: Sophistics Metatheater Translation. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing, 2015.
GONÇALVES, Rodrigo T. Pensata: Metáforas da tradução. Cândido, nº 98, set. Curitiba: Biblioteca Pública do Paraná, 2019.
GONÇALVES, Rodrigo T. “Metamorfose como tradução especulativa”. Manuscrito em avaliação, 2023.
|
LETR7107 – TEORIA DA LITERATURA E DA TRADUÇÃO |
Tradução, Relação e Alteridade no Pensamento Contemporâneo |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Lab02 – 10º andar
HORÁRIO: Segunda – 13:45 às 17:45 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 35
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 31/07/2023 a 13/11/2023
PROFESSOR: MAURICIO MENDONÇA CARDOZO
EMENTA: Partindo da circunscrição de algumas questões candentes no debate contemporâneo sobre a tradução (cf. Taylor, Dutoit e Kothari), esta disciplina propõe a leitura e o estudo tanto de autores que podem ser lidos como pensadores contemporâneos da relação (Buber, Lévinas, Celan, Nancy, Derrida, Spitzer) quanto de autores que se valem de uma perspectiva relacional para desenvolver seu pensamento sobre a tradução (Nouss, Renken, Cardozo).
BIBLIOGRAFIA: BUBER, Martin. Eu e Tu, tradução e introdução de Newton A. von Zuben. São Paulo: Centauro, 2003.
BRIGGS, Kate; RENKEN, Arno. Translation with No Common Measure/La Traduction sans commune mesure. Specimen: The Babel Review of Translation, 1. outubro, 2021. Disponível em: https://www.specimen.press/articles/la-traduction-sans-commune-mesure/
CARDOZO, Mauricio M. Notes on Translation, Alterity, and Relationality: From the Regimes of Indistinction to the Disclosure of Relation. In: SPITZER, D. M; OLIVEIRA, P. (org.) Transfiction and Bordering Approaches to Theorizing Translation: essays in Dialogue with the Work of Rosemary Arrojo. Routledge: New York, 2023, p.187-199.
CELAN, Paul. O meridiano, tradução de Claudia Cavalcanti. In: Cristal, seleção e tradução e Claudia Cavalcanti. São Paulo: Iluminuras, 1999, p.167-184.
____________. O meridiano, tradução de João Barrento. Lisboa: Cotovia, 1996, p.41-64.
____________. The Meridian, tradução de Jerry Glenn. In: Sovereignties in question: The Poetics od Paul Celan, edição de Thomas Dutoit e Outi Pasanen. New York: Fordham University Press, 2005, p.173-185.
DERRIDA, Jacques. Majesties, tradução de Thomas Dutoit e Philippe Romanski. In: Sovereignties in question: The Poetics of Paul Celan, edição de Thomas Dutoit e Outi Pasanen. New York: Fordham University Press, 2005, p.108-134.
DUTOIT, Thomas. Theory Impossible: Translation in the Transnational University. Tropisme, 12 (1), 2004, p.87-114. Disponível em: https://hal.univ-lille.fr/hal-01131613
KOTHARI, Rita. Translation, Language, Anthropology. Interventions: International Journal of Postcolonial Studies, 2015. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/1369801X.2015.1040434
LÉVINAS, Emanuel. Time & the Other, tradução de Richard A. Cohen. Pittsburgh: Duquesne University Press, 1987, p.1-94.
________. Le temps et lautre. Paris : Fata Morgana, 1979
NANCY, Jean-Luc. Of Being Singular Plural”. In: Being Singular Plural, tradução para o inglês de Robert D. Richardson e Anne E. OByrne. Stanford: Stanford University Press, 2000, p.1-99.
_________. De lêtre singulier pluriel. In: Être singulier pluriel. Paris : Gallimard, 2013, p.15-123.
NOUSS, Alexis. A tradução: no limiar. ALEA, Rio de Janeiro, vol.14/1, 2012, p.13-34
RENKEN, Arno. Je ne sais plus ce que je lis : la traduction, le texte, la relation (et la promesse dun autre printemps). Studi di esteticai, 2022, p.19-37.
SPITZER, David. M. Detours of Babel. In: SPITZER, D.M; OLIVEIRA, P. (org.) Transfiction and Bordering Approaches to Theorizing Translation: essays in Dialogue with the Work of Rosemary Arrojo. Routledge: New York, 2023, p.79-93.
TAYLOR, Byron. Untranslatability: The Rebirth od Theory? Journal of Comparative Literature and Aesthetics, vol. 44, nr. 4, 2021, p.16-30.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
CARDOZO, Mauricio M. Translation, humanities, and the critique of relational reason. In: David M. Spitzer. (Org.). Philosophy’s Treason: Studies in Philosophy and Translation. Delaware, EUA; Malaga, Espanha: Vernon Press, 2020, p. 111-128.
DERRIDA, Jacques. Rams: Uninterrupted Dialogue ‒ Between Two Infinities, the Poem, tradução de Thomas Dutoit e Philippe Romanski. In: Sovereignties in question: The Poetics od Paul Celan, edição de Thomas Dutoit e Outi Pasanen. New York: Fordham University Press, 2005, p.135-163.
DERRIDA, Jacques. The Beast & the Sovereign, tradução de Geoffrey Bennington, volume 1. Chicago; London: The University of Chicago Press, 2009 (Seminários 8 e 10).
DERRIDA, Jacques. Torres de Babel, tradução de Junia Barreto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
LAPLANTINE, François ; NOUSS, Alexis. Le métissage. Paris: Téraèdre, 200
|
LETR7108 – TÓPICOS AVANÇADOS EM LITERATURA |
A Poética de Aristóteles entre Ética, Política e Retórica |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1020
HORÁRIO: Quinta – 08:30 às 12:30 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 03/08/2023 a 30/11/2023
PROFESSOR: ROOSEVELT ARAÚJO DA ROCHA JÚNIOR
EMENTA: Nesta disciplina leremos e discutiremos a Ética a Nicômaco, a Ética a Eudemo, a Política e a Retórica, de Aristóteles, tentando refletir sobre o que há de comum entre essas obras e a Poética, do mesmo autor. Ou seja, estaremos pensando sobre como as reflexões sobre ética, política e retórica podem nos ajudar a entender qual é o lugar da poesia dentro da cultura e da sociedade gregas.
Também discutiremos sobre como essa interação, esse diálogo entre diferentes domínios do pensamento influenciou no nascimento do pensamento crítico sobre o que, mais tarde, seria entendido como literatura.
BIBLIOGRAFIA: ARISTÓTELES. Ética Eudemia. Edición y Material didáctico de Rafael Sartorio. Madrid: Editorial Alhambra, 1985.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. 3a edição. Tradução do grego, introdução e notas de Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
ARISTÓTELES. Poética. Edição bilíngüe grego-português. Texto em grego baseado na edição de Les Belles Lettres, 1932; Tradução Eudoro de Souza. São Paulo: Editora Ars Poética, 1992.
ARISTÓTELES. Política. Tradução, introdução e comentários de Mário da Gama Kury. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997.
ARISTÓTELES. Retórica. prefácio e introdução de Manuel Alexandre Júnior. Tradução e notas de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do nascimento Pena. Lisboa: CENTRO
DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, LISBOA, 2005.
ARISTÓTELES. Retórica das Paixões. Prefácio Michel Meyer; introdução notas e tradução do grego Isis Borges B. da Fonseca, São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BARNES, J. The Cambridge Companion to Aristotle. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
MESQUITA, A. P. Aristóteles. Obra Completa. Introdução Geral. LISBOA: CENTRO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, 2005.
Moraitou, D. Die Äusserungen des Aristoteles tiber Dichter und Dichtung aullerhalb der Poetik, Stuttgart; Leipzig: Teubner, 1994
WOLFF, F. Aristóteles e a Política. Tradução de Thereza Christina Ferreira Stummer, Lygia Araújo Watanabe. 2a edição. São Paulo: Discurso Editorial, 2001 (Clássicos e Comentadores, Edição de Bolso).
VERGNIÈRES, S. Ética e Política em Aristóteles physis, ethos, nomos. Tradução Constança Marcondes Cesar. São Paulo: Paulus, 1998.
ZINGANO, M. Sobre a Ética Nicomaquéia de Aristóteles. São Paulo: Odysseus Editora, 2010.
|
LETR7108 – TÓPICOS AVANÇADOS EM LITERATURA |
Zbigniew Herbert diálogos, releituras, atualizações, apócrifos |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Google Meet
HORÁRIO: Quarta – 15:00 às 18:00 – 15 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 20
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 02/08/2023 a 06/12/2023
PROFESSOR: PIOTR KILANOWSKI
EMENTA: O objetivo da disciplina é o estudo da obra do poeta e ensaísta polonês Zbigniew Herbert que será conduzido em perspectiva sócio-histórica, biográfica e intertextual. As obras poéticas e ensaísticas do autor a serem discutidas serão disponibilizadas em português e/ou inglês e/ou espanhol, além dos originais em polonês.
Serão proporcionados estudos e leituras que facilitarão a aproximação de contextos históricos, sociais e políticos da produção da obra para facilitar a compreensão textual e possibilitar interpretações plausíveis de textos apresentados. Da mesma maneira, a obra herbertiana será posta em diálogo intertextual com outros poetas (poloneses e universais) e com a tradição clássica ocidental, fonte de diversas atualizações apócrifas nela presentes.
Avaliação:
1) Duas apresentações, cada uma de vinte minutos, cada uma valendo 15% da nota final
– A primeira discutindo um texto escolhido de comum acordo com o professor na data a ser combinada
– A segunda apresentando uma leitura e interpretação de um grupo de poemas, ensaio ou um problema referente aos assuntos do curso, preferencialmente sendo a base do trabalho escrito final.
2) Trabalho final escrito, valendo 70% da nota:
– Um artigo ou um ensaio diretamente relacionado com os temas do curso, formatado seguindo as normas e limites da Revista Letras (UFPR)
BIBLIOGRAFIA: HERBERT, Zbigniew. Utwory rozproszone. Rekonesans. Cracóvia: a5, 2010
_____________________. Wiersze zebrane. Cracóvia: a5, 2008 Traduções:
HERBERT, Zbigniew. A viagem do Senhor Cogito/Podróż Pana Cogito. Seleção e organização Danuta Opacka-Walasek e Piotr Kilanowski. Tradução de Piotr Kilanowski. Katowice: Gnome, 2016.
_____________________. Escolhido pelas estrelas. tradução de inglês de José Sousa Braga. Lisboa: Assírio & Alvim, 2009.
_____________________. Poesia completa. Versión, prólogo y notas de Xaverio Ballester, Barcelona: Lumen, 2012.
_____________________; MIŁOSZ, Czesław; RÓŻEWICZ, Tadeusz; SZYMBORSKA, Wisława. Quatro poetas poloneses. Tradução e prefácio de Henryk Siewierski e José Santiago Naud. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 1994
_____________________. O Senhor Cogito. Anotações da casa morta. São Paulo: Demônio Negro, 2019.
_____________________. The Collected Poems 1956-1998. Translated and edited by Alissa Valles. Nova Iorque: Harper Collins, 2007.
_____________________. Obra poética completa in: KILANOWSKI, Piotr. Queria permanecer fiel à clareza incerta…: Sobre poesia de Zbigniew Herbert. 876 p. Tese (Doutorado em Literatura) Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018. 2) Ensaios Originais: HERBERT Zbigniew. Barbarzyńca w ogrodzie. Varsóvia: Fundacja Zeszytów Literackich, 2010.
_____________________. Król mrówek. Cracóvia: a5, 2008.
_____________________. Labirynt nad morzem. Varsóvia: Fundacja Zeszytów Literackich, 2000.
_____________________. Martwa natura z wędzidłem. V arsóvia: Fundacja Zeszytów Literackich, 2005. Traduções: HERBERT Zbigniew. The Collected Prose 1948-1998. Edited and with an Introduction by Alissa Valles. Preface by Charles Simic. Translated by Michael March & Jaroslaw Anders, John & Bogdana Carpenter and Alisa Valles. Nova Iorque: Harper Collins, 2010. _____________________. El laberinto junto al mar. Trad. de Anna Rubió y Jerzy Sławomirski. Barcelona: Acantilado:2020
_____________________. El rey de las hormigas. Mitología personal. Ed. Y notas de Ryszard Krynicki, trad. de Anna Rubió y Jerzy Sławomirski. Barcelona: Acantilado:2019. Crítica: BARAŃCZAK, Stanisław. Uciekinier z utopii. O poezji Zbigniew Herberta. Londres: Polonia Book Fund, 1984 (versão em inglês: BARAŃCZAK, Stanisław. A Fugitive from Utopia. The Poetry of Zbigniew Herbert. Cambridge: Harvard University Press, 1987).
_____________________. Zbigniew Herbert and the critics. The Polish Review, Vol. 30, No. 2 (1985), pp. 127-148.
_____________________. Zbigniew Herbert and the concept of poetic irony. Russian Literature, 1984, aug, vol. 16 iss. 2, pp.101-126. CARPENTER, Bogdana. The Prose Poetry of Zbigniew Herbert: Forging a New Genre. The Slavic and East European Journal, Vol. 28, No. 1 (Spring, 1984), pp. 76-88.
_____________________. Zbigniew Herbert in English. From the translators workshop. The Polish Review, Vol. 47, No. 1 (2002), pp. 27-34.
_____________________. Zbigniew Herbert: The poet as a witness. The Polish Review, Vol. 32, No. 1 (1987), pp. 5-14.
_____________________; CARPENTER, John. Zbigniew Herbert: The Poet as Conscience The Slavic and East European Journal, Vol. 24, No. 1 (Spring, 1980), pp. 37-51 _____________________. The Recent Poetry of Zbigniew Herbert. World Literature Today, Vol. 51, No. 2 (Spring, 1977), pp. 210-214. COETZEE, John Maxwell. Zbigniew Herbert and the Figure of the Censor. Salmagundi, No. 88/89, 25th Anniversary Issue (Fall 1990-Winter 1991), pp. 158-175. FOY, James L., ROJCEWICZ, Stephen. Zbigniew Herbert: Creating poetry from the ruins, Journal of Poetry Therapy: The Interdisciplinary Journal of Practice, Theory, Research and Education, 22:3, 141-154, 2009. FRANASZEK, Andrzej. Ciemne źródło. O twórczości Zbigniew Herberta. Londres: Puls, 1998. KILANOWSKI, Piotr. Poesia: sussurro, grito e silêncio sobre três poemas de Iossif Brodskii, Aleksander Wat e Zbigniew Herbert. Qorpus, v. 24 (2/2017), Florianópolis, 2017.
_____________________. Queria permanecer fiel à clareza incerta…: Sobre poesia de Zbigniew Herbert. 876 p. Tese (Doutorado em Literatura) Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.
_____________________. Sobre os monstros do Senhor Cogito. Revista X, v. 15, n. 6, p. 446-467, 2020.
_____________________. Zbigniew Herbert e Marco(s) Aurélio(s) e a mão estendida entre a herança e a deserção. Qorpus. Florianópolis, vol.19 (4/2015). SHALLCROSS, Bożena (org.). The Other Herbert. Bloomington: Indiana University Press, 1998
_____________________. Through the Poet`s Eye. The Travels of Zagajewski, Herbert, Brodsky, Evanston (Illinois): Northwestern University Press, 2002. SOUZA, Marcelo Paiva de. Ao vivo, direto do vale de Josafá – algumas reflexões sobre a poesia e a tradução da poesia de Zbigniew Herbert. Tradução em Revista (Online), v. 1, p. 7, 2011. _____________________. Contra a música? Um poema de Zbigniew Herbert. Contexto, Vitória/ES, v. XII, n.11, p. 211-224, 2004.
|
LETR7110 – LITERATURA E MODERNIDADE |
Confissão e desassossego |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1020
HORÁRIO: Segunda – 08:00 às 12:00 – 13 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 31/07/2023 a 01/11/2023
PROFESSOR: PATRÍCIA DA SILVA CARDOSO
EMENTA: A propósito do Livro do desassossego Richard Zenith bem observa que de todas as obras de Pessoa publicadas postumamente, foi aquela que mais influência exerceu na atual apreciação crítica do autor e na forma como é enquadrado no panorama literário e cultural do século XX (Dicionário de Fernando Pessoa e do modernismo português, p. 413).
Trata-se de uma proeminência que não se restringe à recepção crítica, considerando-se a grande atração que essa obra exerce nos leitores não-especializados. Um bom motivo para todo esse destaque é a forte presença, no Livro, de aspectos associados à experiência moderna, como a fragmentariedade, manifesta tanto no âmbito formal, já que Pessoa não chegou a uma reunião definitiva de todos os trechos escritos que identificava como pertencentes ao L. do D., quanto no do conteúdo, carregado como está das angústias e melancolia de um sujeito que se vê e se posta à margem da realidade.
A esta disciplina interessará discutir as implicações, para a representação literária, dessa particular configuração do Livro do desassossego, no centro da qual está a figura do narrador. Em diálogo com a ostensiva e, talvez, procurada precariedade de que essa obra se reveste, serão trazidos à discussão As confissões, de Jean-Jacques Rousseau, referência, no contexto moderno, quando se trata da escrita de si, bem como Pequenos poemas em prosa e Meu coração desnudado, de Baudelaire, autor de reconhecida contribuição para o desenvolvimento de uma dicção literária moderna.
BIBLIOGRAFIA: BAUDELAIRE, Charles. meu coração desnudado. Belo horizonte: autêntica, 2009. . Pequenos poemas em prosa. São Paulo: Hedra, 2009.
PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. Edição de Richard Zenith.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. As confissões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
|
LETR7112 – SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II |
The Mind of Matter in the Early Modern British Lyric |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Segunda, Quarta, Sexta – 08:00 às 12:00 – 4 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 25
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 28/06/2023 a 02/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 03/07/2023 a 10/07/2023
PROFESSOR: BRETT BENNETT DEFRIES GUILHERME GONTIJO FLORES
EMENTA: This mini-course is a comparative study of Murilo Mendes and select modern and postmodern poets of the United States. The goal of this course is to better understand the simultaneous dimensions of the universal and of the detached particular in Mendes verses. By reading Mendes with modernist and postmodernist poets of the United States, this course hopes to interrogate Mendes status as a modernist by emphasizing the postsecular and nonrational dimensions in Mendes work. The course reading list is likely to include work by Mendes, Ezra Pound, TS Eliot, Laura (Riding) Jackson, Robert Duncan, Donald Revell, and Jay Wright.
BIBLIOGRAFIA: Murilo Mendes: Selections
Ezra Pound: Selections from the Cantos and other lyrics
TS Eliot: The Waste Land, Ash Wednesday, and other lyrics
Laura (Riding) Jackson: Selections from The Poems of Laura Riding
Robert Duncan: Selections from The Opening of the Field and Roots and Branches
Donald Revell: Selections from Beautiful Shirt and Erasures
Jay Wright: Selections from later work such as The Presentable Art of Reading Absence
|
LETR7112 – SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II |
LITERATURA E ESPAÇO: ESTUDOS GEOLITERÁRIOS |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: sala 1013
HORÁRIO: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta – 18:30 às 22:30 – 5 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 30
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 13/11/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 20/11/2023 a 24/11/2023
PROFESSOR: RICARDO JUNIOR DE ASSIS FERNANDES GONÇALVES ROBSON JOSÉ CUSTÓDIO
EMENTA: Como a interlocução/diálogo entre Geografia e Literatura pode contribuir com a interpretação do espaço? Como não confundir a dimensão ficcional e estética da literatura com a dimensão teórico-conceitual da Geografia? Com essas perguntas iniciais descobre-se que a literatura com todos os seus gêneros e estilos, funda a sua narrativa no espaço. A narrativa, portanto, solicita o
espaço. Há uma literariedade nas formulações geográficas e há uma espacialidade na ficcionalidade literária.
Sendo assim, a centralidade desta disciplina é compreender as interlocuções entre espaço, sujeito e existência por meio da aproximação entre geografia e literatura. A interlocução teórica e metodológica entre Geografia e Literatura amplia a possibilidade de averiguar que a interpretação geoliterária do espaço apreende, necessariamente, além do conteúdo objetivo, uma dimensão simbólica e subjetiva da existência. Por isso, a presente proposta tem os seguintes objetivos:
Conceber que a literatura – suas narrativas, seus sentidos, usos e apropriações – é peça objetiva e simbólica do mundo, portanto, uma referência de leitura do sujeito, do espaço, das paisagens, lugares e territorialidades; Demonstrar como o texto literário é fonte de leituras geoliterárias do mundo e enriquece a ação científica, especialmente na leitura do espaço, das geograficidades e
interculturalidades; Revelar que componentes da experiência humana como a subjetividade, cultura, medo, dramas, emoção e sensibilidade podem contribuir com a teoria do conhecimento que deseja romper as dualidades entre subjetividade e natureza, espaço e sujeito; Compreender que a aproximação entre Geografia e Literatura, em termos de estrutura de linguagem e de
organização do conhecimento, significa mediar o mundo do conceito próprio da ação acadêmico-científica ao mundo da experiência humana. Finalmente, pretende-se estudar textos literários de escritores como Carlos Drummond de Andrade, Cora Coralina, José Saramago, Ana Paula Tavares, Ondjaki e Gonçalo Tavares a partir da perspectiva geoliterária proposta.
BIBLIOGRAFIA: ABSABER, A. N. O que é ser geógrafo: memórias profissionais de Aziz Nacib AbSaber. Rio de Janeiro: Record, 2007.
ANDRADE, C. D. de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
______ . Os dias escuros. 1966. Disponível em: Os dias escuros – Carlos Drummond de Andrade.
(tumblr.com)
AMORIM FILHO, O. B. A pluralidade da geografia e o papel das abordagens fenomenologias no fazer geográfico. Caderno de Geografia, v. 16, p. 35-58, 2006.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
BERDOULAY, V.; ENTRIKIN, J.N. Lugar e sujeito. In: MARANDOLA, E.;HOLZER, W.;
OLIVEIRA,L. (Org.). Qual é o espaço do lugar? São Paulo: Perspectiva, 2019. pp. 93-116.
BESSE, Jean-Marc. Ver a terra: seis ensaios sobre a paisagem e a geografia. Tradução de Vladimir
Bartalini. São Paulo: Perspectiva, 2019.
CLAVAL, P.. Epistemologia da Geografia. Florianópolis: EdUFSC, 2011. (Capítulo 1: Geografias
vernaculares e recenciamentos administrativos; pp. 23-52.
DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. Trad. Werther Holzer. São
Paulo: Perspectiva, 2015.
CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 3. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.
CHAVEIRO, E. F. Dizibilidades literárias: a dramaticidade da existência nos espaços contemporâneos.
Geograficidade, Rio de Janeiro/RJ, v.5, n.1, 2015.
CHAVEIRO, Eguimar Felício. A dimensão literária da Geografia e a dimensão política da literatura: a
mesma fase de uma reflexão múltipla. Revista da ANPEGE, Goiás, v. 16, n. 31, 2021, p. 177190.
CORRÊA, R, L. Geografia, literatura e música popular: uma bibliografia. Espaço e Cultura, Rio de
Janeiro, n. 6, p. 59-65, 1998.
CUSTÓDIO, Robson. J. Gonçalo M. Tavares e O bairro: das heterotopias às vicissitudes do absurdo.
Ponta Grossa, 2017, 149 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem)
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2017. Disponível em:
https://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/1491
|
LETR7113 – TÓPICOS ESPECIAIS EM ESTUDOS LITERÁRIOS |
Anormais e incontroláveis: corpos e sexualidades na figuração das personagens nas narrativas portuguesa e brasileira do século XIX |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Quinta, Sexta – 18:30 às 22:30 – 10 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 40
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 18/08/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 24/08/2023 a 15/12/2023
PROFESSOR: ANTONIO AUGUSTO NERY DAIANE CRISTINA PEREIRA
EMENTA: Conforme podemos depreender dos escritos do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984), A história da sexualidade I A vontade de saber e Os anormais, enquanto a família burguesa se formava no século XVIII, a sexualidade, o prazer e o corpo tornaram-se foco dos diversos discursos sociais, principalmente pelos jurídicos, médicos e psiquiátricos, sendo vistos como foco de desordem mental, moral e social, visando controlar a crescente população urbana considerada cada vez mais como perigosa. Em função disso, nos séculos XVIII e XIX há a promoção da sexualidade focada no casal heterossexual, em detrimento de todas outras que pudessem ser consideradas descontroladas ou perversas, ou seja, que saíssem dessa pretensa normalidade, desenvolvendo-se, então, discursos que versavam sobre a sexualidade e os corpos das mulheres, das crianças, dos LGBTQIA+ ou de qualquer outro indivíduo que pudesse representar um perigo social por sua sexualidade, como o homem pobre, por exemplo.
No caso brasileiro, país colonial onde a estrutura social se baseia na escravização dos indivíduos negros, no período, constrói-se também um discurso sobre eles, vistos também
como corpos passíveis de serem controlados. Nesse sentido, a literatura e a narrativa do século XIX, principalmente aquelas de cariz realista e naturalista, se estabelecem como elementos que incorporam o discurso sobre todos esses indivíduos, ao mesmo tempo que promovem o controle deles, privilegiando uma perspectiva pretensamente mimética e pedagógica da sociedade. Assim, estabelece-se toda uma série de personagens cujas temáticas incidem sobre uma sexualidade exacerbada, uma perspectiva moral rebaixada e destinos marcados pela força do sangue, da hereditariedade e do meio corrompido, que funcionam como contraexemplo do que a sociedade deve ser.
Tendo tudo isso em vista, o curso pretende revisitar, em algumas narrativas portuguesas e brasileira da segunda metade do século XIX, a figuração das personagens que representariam as unidades temáticas dos discursos sobre a sexualidade e os corpos, ou seja, as mulheres, as crianças, o monstro moral (figurada no homem rebelde), a população negra e os LGBTQI+.
Além disso, pretendemos refletir como esses discursos negativos se configuram como discursos de controle e de exclusão que se amalgamam na sociedade daquele tempo e que persistem até hoje, mas que, se bem conhecidos e estudados, podem se tornar em instrumento de libertação.
BIBLIOGRAFIA: AALMEIDA, Fialho. A Ruiva . Edição do Kindle. S.L.: Projecto Adamastor, 2014. ASSIS, Machado de. O alienista. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf. Acesso em: 14 jun. 2023. AUERBACH, Erich. Mimeses: a representação da realidade na literatura ocidental. 4. ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002. CÂMARA, Bormann, Maria Benedita. Lésbia. Florianópolis: Editora Mulheres, 1998 CAMINHA, Adolfo. Bom Crioulo. Cotia, Sp: Ateliê Editorial, 2014. CANDIDO, Antonio. A personagem do romance. In: CANDIDO, Antonio. A personagem de ficcção. São Paulo: Perspectiva, 2007. p. 51-80. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Editora Graal, 2009. FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2014. KAFILA, Dominique. Os bas-fond: História de um imaginário. São Paulo: Edusp, 2017. QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio: episódio doméstico. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. Edição anotada e comentada por Paulo Franchetti; ilustrações Luciana Rocha. QUEIRÓS, Eça de. Singularidades de uma rapariga loira. S.L: S.Ed., . Disponível em: https://purl.pt/23929/4/541114_PDF/541114_PDF_24-C-R0150/541114_0000_capa-capa_t24-C-R0150.pdf. Acesso em: 14 jun. 2023. REIS, Carlos. Estudos narrativos: a questão da personagem ou a personagem em questão. In: REIS, Carlos. Pessoas de livro: estudos sobre a personagem. 3. ed. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2018. p. 13-41. SOUSA, Inglês de. A quadrilha de Jacob Patacho. In: SOUSA, Inglês de. Contos Amazônicos. 2. ed. Jundiaí: Cadernos do Mundo Inteiro, 2018. p. 83-94.
|
LETR7113 – TÓPICOS ESPECIAIS EM ESTUDOS LITERÁRIOS |
Literatura na entrecasca: imaginar e fazer movimentos da vida |
Mestrado e Doutorado |
PERÍODO: 2° Semestre
LOCAL: Sala 1013
HORÁRIO: Terça – 09:00 às 12:00 – 12 encontros
NÚMERO DE VAGAS: 20
PERÍODO DE MATRÍCULA: De: 17/07/2023 a 21/07/2023
PERÍODO DE AULAS: De: 01/08/2023 a 28/11/2023
PROFESSOR: GEISA FABÍOLA MÜLLER E SILVA KLAUS FRIEDRICH WILHELM EGGENSPERGER
EMENTA: Ementa A disciplina convida à materialização de um laboratório de leitura e escrita, para aguçar a escuta e a imaginação em direção a modos de viver e pensar capazes de dissolver dualismos. Nesse sentido, a condução da discussão teórica e da vivência da escrita é meio de reflexão sobre as práticas científicas, de modo a integrar feitura de mundos nos quais o encantamento se mostra responsável pela não objetificação de viventes vários: habilidade e sensibilidade para fazer mundo(s) em que há formas de agência que não são humanas. Assim, a poesia será horizonte para arranjos por meio dos quais é possível desenhar um processo coletivo de cocriação horizontal interessado no entrelaçamento sociobiodiverso.
Metodologia Leitura e discussão de teoria cujas direções são a ecocrítica e as plantas; leitura de poemas selecionados a partir da motivação teórica. Ambas as ações fornecem a base para experimentar a escrita [criativamente], processo em que a imaginação faz mundo(s) ao integrar formas de agência não-humana e mais-que-humana, tais como os liquens, o caramujo, a Medusa e a medusa, robótica, serpente, rio, as samambaias, os xapiri. Todo esse bando disponível em 12 (doze) encontros com 3 (três) horas de duração, cada um deles a acontecer uma vez por semana, nesse tempo-espaço de urgência que dispõe de vários nomes: Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno (cada qual com implicação própria concernente à prática ecológica).
Avaliação Produção de dois textos (poema, conto, roteiro audiovisual, manifesto, HQ, contracartografia, zine, dramaturgia, radionovela, cordel, letra de música, etc.) envolvendo a agência de não-humanos.
BIBLIOGRAFIA: AZEVEDO, B. (org.). Poesia indígena hoje. Poesia.org., Universidade Federal de Santa Catarina, 2020. Disponível em: https://www.p-o-e-s-i-a.org/dossies/?fbclid=IwAR2e1uvZH0LmOczVa1xQSrWpktJGpB3eulLLsOKFwvf0hzWXy64eVNFDEpA. Acesso em: 9 jan. 2022.
BUELL, L; HEISE, U. K.; THORNBER, K. Literature and environment. Annual Review of Environment and Resources, Harvard, n. 36, p. 417-440, Aug. 2011. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/pdf/10.1146/annurev-environ-111109-144855. Acesso em: 01 mar. 2023.
CANNON, M. Melodias migratórias. Tradução: Luci Collin. Curitiba: Encrenca, 2017.
COCCIA, E. A vida das plantas: uma metafísica da mistura. Tradução: Fernando Scheibe. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2018.
COSTA, A. O Antropoceno é o nosso tempo. In: MOULIN, G. et al. (orgs.). Habitar o Antropoceno. Belo Horizonte: BDMG Cultural; Cosmópolis, 2022. p. 42-67.
FONTELA, O. Poesia reunida [1969-1996]. São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006. (Coleção Às de Colete, v. 12)
GARRARD, G. Ecocrítica. Tradução: Vera Ribeiro. Brasília: Editora UnB, 2006.
GARRARD, G. Ecocriticism. 2 ed. London; New York: Routledge, 2012.
GECO. Catálogo Botânico Salto Morato. 2023. Disponível em: https://www.grupoecocritico.com.br/_files/ugd/76c52e_0a52c7049a2f46ca9d6d2c401bcef94b.pdf. Acesso em: 09 jun. 2023.
HARAWAY, D. J. Staying with the trouble: making kin in the Chthulucene. Durham: Duke University Press, 2016.
HARAWAY, D. J. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. Tradução: Suzana Dias, Mara Verônica e Ana Godoy. ClimaCom Vulnerabilidade [Online], ano 3, n. 5, p. 139-146, abr. 2016. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropoceno-capitaloceno-plantationoceno-chthuluceno-fazendo-parentes/. Acesso em: 11 jan. 2022.
HARAWAY, D. J. Ficar com o problema: Antropoceno, Capitaloceno, Chthululoceno. In: MOORE, J. (org.). Antropoceno ou Capitaloceno? Natureza, história e a crise do capitalismo. Tradução: Antônio Xerxenesky e Fernando Silva e Silva. São Paulo: Elefante, 2022. p. 67-125.
IBAÑEZ, M. R. Conversatório sobre o Bem Viver desafios do fazer político em nosso tempo. Revista Ponto de Debate, Fundação Rosa Luxemburgo, n. 4, p. 1-12, Jan. 2016.
KRENAK, A.; DANTES, A. et al. A serpente a canoa. Cadernos Selvagem [Online Dantes Ed. Biosfera], Rio de Janeiro, n. 23, p. 1-37, 2021. Disponível em: http://selvagemciclo.com.br/wp-content/uploads/2021/05/CADERNO_23_SERPENTE_CANOA-2.pdf. Acesso em: 09 jun. 2023.
LABATE, B. C.; GOULART, S. L (orgs.). O uso ritual das plantas de poder. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2005.
LE GUIN, U. K. A teoria da bolsa da ficção. Tradução: L. Chieregati e V. Chieregati. São Paulo: N-1, 2021.
MANCUSO, S. Are plants conscious?. TEDx, 2015. 1 vídeo (19 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gBGt5OeAQFk. Acesso em: 09 jun. 2023.
MUPA. Mejtere: histórias recontadas. Curitiba, [2021-2023]. Catálogo de exposição.
MYERS, N. O mundo já é incrivelmente encantado. Tradução: Luisa Morais. Cadernos Selvagem [Online Dantes Ed. Biosfera], Rio de Janeiro, n. 48, p. 1-7, 2022. Entrevista. Disponível em: http://selvagemciclo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/CADERNO48_MYERS.pdf. Acesso em: 09 jun. 2023.
NÍ CHUILLEANÁIN, E. Hábitos do musgo. Tradução: Luci Collin. Curitiba: Kafka Edições, 2010.
OLIVEIRA, J. C. Alianças vegetais para encarar o Antropoceno. Casa de Oswaldo Cruz, 2023. 1 vídeo (60 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7eHJIGuoXak. Acesso em: 09 jun. 2023.
RIOSINVISIVEIS. Notas sobre pesquis(and)ar com os rios. 2022. Disponível em: https://riosinvisiveiscuritiba.wordpress.com. Acesso em: 09 jun. 2023.
SANTOS, M. S. de A. Textos selecionados. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/299-mae-stella-de-oxossi. Acesso em: 11 jun. 2023.
SHELLEY, M. Frankenstein. Tradução: Mécio Araújo. Porto Alegre: L&PM, 2015.
VAN DOOREN, T.; KIRKSEY, E.; MÜNSTER, U. Estudos multiespécies: cultivando artes de atentividade. ClimaCom, ano 3, n. 7, p. 39-66, Dez. 2016. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/estudos-multiespecies-cultivando-artes-de-atentividade. Acesso em: 25 abr. 2023.
VAN HORNING, Gavin; KIMMERER, Robin Wall; HAUSDOERFFER, J. (eds.). Kinship: belonging in a world of relations. Libertyville, IL: Center for Humans and Nature Press, 2021. v. 1: Planet.
|